Comissão de aferição recebe instruções para proceder na avaliação dos aprovados do SiSU
- Assessoria de Comunicação da Reitoria
- 29 de jan. de 2018
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A Comissão Permanente de Verificação das Autodeclarações Étnico-raciais, bem como a Reitoria da UFCSPA, participou nesta segunda-feira, 29, de uma atividade de instrução por parte do advogado Gleidson Renato Martins Dias, especialista em Direitos Humanos e Fundamentais, com ênfase nas temáticas de Racismo, Antirracismo, Ações Afirmativas, Cotas Raciais, Discriminação e Preconceito Racial. Atuante em diversas comissões em concursos públicos e processos seletivos, Dias contou aos participantes sua experiência na área e explicou porque os critérios para deferimento de cotas são fenotípicos e não de ancestralidade . Segundo ele, o papel das cotas é atuar contra o racismo e, nesse sentido, apenas pessoas que sofrem racismo podem se beneficiar das mesmas. "Cota é, sim, política compensatória pelos 400 anos de racismo e escravidão, mas também tem um olhar voltado para o futuro, no momento em que atua de forma distributiva, permitindo o acesso do negro a campos onde ele ainda não havia conseguido chegar", enfoca.
Integrante do movimento negro há 30 anos, Dias explica que a aferição da veracidade das declarações não se trata de um "tribunal racial", mas de uma forma de garantir que o benefício seja concedido a quem de direito, neste caso, negros: pretos e pardos.
Os estudantes aprovados nas cotas de pretos e pardos no SiSU 2018 serão avaliados por uma comissão designada pela Comissão Permanente por suas características fenotípicas. Os candidatos que discordarem da avaliação da comissão poderão entrar com recurso. A avaliação tem como objetivo evitar a ocorrência de fraudes.
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